- Fabrício Proença
Chang’e-5, a missão chinesa na Lua
Lançada da base de Wenchang, no sul da China, em 24 de novembro, a espaçonave não-tripulada Chang’e-5 partiu em direção a uma missão muito importante: pousar na Lua e recolher amostras do solo lunar.

Em primeiro de dezembro de 2020, a China se tornou o terceiro país a chegar à Lua. Antes, apenas americanos e russos haviam enviado missões de exploração ao satélite natural, como a Missão Apollo e o programa Luna, respectivamente. Nessas missões – todas tripuladas –, cerca de 400 kg de rocha e poeira foram coletados. Desde então, se passaram mais de 40 anos sem buscas de amostras.
Agora, a Agência Espacial Chinesa CNSA, traz de volta a exploração espacial com uma missão ousada e complexa.
O módulo de pouso da Chang'e-5 tem como objetivo recuperar o tempo perdido e recolher cerca de 2 kg de amostras lunares para trazer a Terra.
Para isso, conta com um equipamento repleto de ferramentas como radar, espectrômetro, furadeiras e uma câmera para registrar imagens inéditas e em alta resolução.

Oceanus Procellarum
Após ter pousado com sucesso, o módulo iniciou a varredura numa região lunar conhecida como Oceanus Procellarum, uma área de 2.900 km de largura nunca antes visitada.
A escolha desse local para coleta será essencial para o entendimento da história geológica da Lua, pois os especialistas sugerem que a formação rochosa deva ser mais recente que as outras regiões exploradas por missões anteriores.
De volta para a Terra
Todas as amostras coletadas foram posteriormente enviadas para a órbita da Lua e transferidas para um veículo de retorno ao planeta Terra.
De acordo com a CNSA, o acoplamento - que ocorreu no dia 5 de dezembro - foi bem-sucedido e a sonda entregou com precisão a cápsula selada com as amostras lunares.
O plano é aterrissar de volta na região de Siziwang Banner, ao norte da China, na Mongólia Interior.
Por Fabrício Proença
Biólogo e professor de Ciências
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